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terça-feira, 7 de abril de 2015

FICHAMENTO

LIVRO: Teatralidade Tátil: Alteração no Ato do Espectador
AUTORA: Flávio Desgranges
BOLSISTA: Liliane Pires
REFERENCIA: DESGRANGES, Flávio. Teatralidade Tátil: Alteração no Ato do Espectador. São Paulo: Revista: Sala Preta, 2008.


FICHAMENTO


“As reflexões seguintes buscam elaborar algumas características e distinções que marcam os movimentos teatrais que, desde o Iluminismo, vêm operando transformações subsequentes e que constituem traços marcantes para compreendermos o ato do espectador em nossos dias.” (p.01, l.21)

“Para afirmarem seus postulados artísticos, relacionados com a defesa de suas causas políticas, precisam partir para o embate no âmbito conceitual, questionando a leitura da Poética empreendida pelos teóricos de então.” (p.02, l.33)

“Outra importante questão levantada no período acerca da leitura da Poética se refere aos efeitos da tragédia em sua relação com o público.” (p.02, l.74)

“A comoção vivida pelo personagem precisa ser cuidadosamente construída, de modo que o público possa acompanhar o herói. (...). O palco dramático se apresenta como uma representação sintética da vida social, como um universo fechado concebido diante espectador, que observa esse pequeno mundo de esguelha, como se não estivesse” (p.03, l.71-80)

“O que desmonta com o mecanismo de causa e consequência que faz avançar “com naturalidade” as situações, provocando interrupções na corrente dramática, gerando brechas espaços de análise.” (p.05, l.30)

“Se o drama moderno se estrutura como questionamento ao drama burguês, o mesmo se pode compreender com a irrupção da teatralidade recente, que pauta suas invenções na recusa ao princípio dramático, que ainda se mantém nas cenas da vanguarda da primeira metade do século passado.” (p.07, l.71)

“A atitude autoral proposta ao espectador pelo drama moderno se vê radicalizada na cena pós-dramática, já que o ato de leitura, para se constituir, a partir de então, solicita uma atitude francamente artística do espectador – tomado como atuante –, que define o próprio percurso de sua leitura, em função da seleção e elaboração dos variados elementos de significação com os quais se relaciona.” (p.09, l.09)


COMENTÁRIO RELAÇÃO: Drama Moderno X Drama Aristotélico.


Flávio Desgranges, relata sobre a recepção teatral em diferentes momentos, deixa claro através da narrativa histórica do drama, neste caso o drama moderno e o drama aristotélico. O drama moderno possibilita um retorno reflexivo ao espectador/observador, que é mergulhado no universo dos elementos da cena e é fundamental levantar aspectos da sociedade atual e as várias maneiras de sua participação. No drama aristotélico o espectador é um mero observador dos acontecimentos, já que este era um drama burguês e os interesses na burguesia eram ligados a um material pronto para a população.

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