LIVRO:
Teatralidade Tátil: Alteração no Ato do Espectador
AUTORA: Flávio
Desgranges
BOLSISTA:
Liliane Pires
REFERENCIA: DESGRANGES,
Flávio. Teatralidade Tátil: Alteração
no Ato do Espectador. São
Paulo: Revista: Sala Preta, 2008.
FICHAMENTO
“As reflexões seguintes buscam elaborar algumas
características e distinções que marcam os movimentos teatrais que, desde o
Iluminismo, vêm operando transformações subsequentes e que constituem traços
marcantes para compreendermos o ato do espectador em nossos dias.” (p.01, l.21)
“Para afirmarem seus postulados artísticos,
relacionados com a defesa de suas causas políticas, precisam partir para o
embate no âmbito conceitual, questionando a leitura da Poética empreendida pelos teóricos de então.” (p.02, l.33)
“Outra importante questão levantada no período
acerca da leitura da Poética se
refere aos efeitos da tragédia em sua relação com o público.” (p.02, l.74)
“A comoção vivida pelo personagem precisa ser
cuidadosamente construída, de modo que o público possa acompanhar o herói.
(...). O palco dramático se apresenta como uma representação sintética da vida
social, como um universo fechado concebido diante espectador, que observa esse
pequeno mundo de esguelha, como se não estivesse” (p.03, l.71-80)
“O que desmonta com o mecanismo de causa e
consequência que faz avançar “com naturalidade” as situações, provocando
interrupções na corrente dramática, gerando brechas espaços de análise.” (p.05,
l.30)
“Se o drama moderno se estrutura como
questionamento ao drama burguês, o mesmo se pode compreender com a irrupção da
teatralidade recente, que pauta suas invenções na recusa ao princípio
dramático, que ainda se mantém nas cenas da vanguarda da primeira metade do
século passado.” (p.07, l.71)
“A atitude autoral proposta ao espectador pelo
drama moderno se vê radicalizada na cena pós-dramática, já que o ato de
leitura, para se constituir, a partir de então, solicita uma atitude
francamente artística do espectador – tomado como atuante –, que define o
próprio percurso de sua leitura, em função da seleção e elaboração dos variados
elementos de significação com os quais se relaciona.” (p.09, l.09)
COMENTÁRIO
RELAÇÃO: Drama Moderno X Drama Aristotélico.
Flávio Desgranges, relata sobre a recepção teatral em diferentes
momentos, deixa claro através da narrativa histórica do drama, neste caso o
drama moderno e o drama aristotélico. O drama moderno possibilita um retorno
reflexivo ao espectador/observador, que é mergulhado no universo dos elementos
da cena e é fundamental levantar aspectos da sociedade atual e as várias
maneiras de sua participação. No drama aristotélico o espectador é um mero
observador dos acontecimentos, já que este era um drama burguês e os interesses
na burguesia eram ligados a um material pronto para a população.
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