Fichamento do artigo Redefinições nos estudos de
Recepção/Relação Teatral de Clóvis Massa
“[...]. O vocabulário recepção, fortemente marcado pela
teoria da informação, parecia contradizer a atividade produtiva do espectador,
a concepção de que, em seu processo de apreensão, ele não apenas “recebe”, mas
é corresponsável pelos sentidos da obra. [...]”. (pag. 1).
“[...], passou a delimitar-se pela relação entre ator e
espectador, uma das várias relações teatrais compreendidas dentro do processo
produtivo-receptivo. [...]”. (pag. 1).
“[...], cabe distinguir os estudos de recepção em dois
tipos: um diretamente vinculado à estética da recepção, com a intenção de
examinar a acolhida de certas obras por um grupo num determinado período;
outro, mais desenvolvido pela semiótica teatral, destinado a investigar os
processos mentais, intelectuais e emotivos do espectador.”. (pag. 2).
“Patrice Pavis vinculou o circuito de concretização à
dinâmica cultural em que o trabalho do espectador se realiza, ou seja, ao meu
contexto social, o conjunto de textos conhecidos pelo espectador ou pelo
encenador e utilizados por ambos para a leitura do texto. [...]”. (pag. 2).
“[...]. Pavis chega a considerar a encenação como uma
leitura em público, já que o texto dramático não tem um leitor individual, e
sim uma leitura possível e coletiva, proposta pela encenação.”. (pag. 2).
“O segundo tipo de pesquisa sobre recepção teatral, a que
investiga os processos mentais, intelectuais e emotivos do espectador, procura
analisar as operações do espectador a partir de uma base coerente de dados
experimentais. [...].”. (pag. 2).
“[...]. Além da percepção, pouco se sabe sobre os outros
níveis da atividade receptiva: interpretação, reações cognitivas e emotivas,
avaliação, memorização e evocação.”. (pag. 02).
“[...]. Como a experiência da recepção é individual, mas
a relação cena - sala em que se produz tal experiência é de caráter coletivo,
Miguel Santagada acredita que seja possível “investigar os conteúdos da
experiência em termos de uma concretização solicitada a vários espectadores de
um mesmo espetáculo. [...].”. (pag. 3).
“[...] disciplina que considera o teatro como sendo
constituído pela instauração de três tipos de acontecimentos: o convivial, pela
instituição ancestral do convívio, da reunião; o poético ou de linguagem, a
partir de processos de semiotização, ficção, referência e função estética; e o
espectorial, por meio da assistência do espectador, separado ontologicamente do
universo poético [...].”. (pag. 3).
Um importante recorte
histórico que reflete formidáveis conceitos das teorias de recepção; os trecho
acima (retirados) são essencialmente explicativos e exemplificiais.
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