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domingo, 25 de novembro de 2012

O espaço da pedagogia na investigação da recepção do espetáculo de Biange Cabral


Fichamento do artigo O espaço da pedagogia na investigação da recepção do espetáculo de Biange Cabral.

 

“O aspecto sensível que envolve a relação entre o artista e a avaliação de seu trabalho não se restringe ao teatro profissional – está presente na sala de aula, quer em disciplinas práticas e teóricas. Existe uma similaridade entre as questões postas à formação do espectador e à avaliação do desempenho do aluno.”. (pag. 1).

“A aproximação das funções do professor e do diretor, na contemporaneidade, reforça a oportunidade de investigar a recepção. [...]. Professor e diretor são ambos mediadores, entre a produção e a recepção do espetáculo. [...].”. (pag. 1).

“Hoje é possível observar um crescente interesse pela recepção, como parte da tendência das ciências humanas de privilegiar a auto - reflexão e reconhecer a relevância do contexto. Em termos pedagógicos isto representa uma maneira segura para focalizar as respostas individuais em trabalhos de grupo [...].”. (pag. 2).

“[...], Eco distingue contexto (O ambiente onde uma dada expressão ocorre paralelamente a outras expressões pertencentes ao mesmo sistema sígnico) de circunstancia (a situação externa onde a expressão ocorre).”. (pag. 2).

“No decorrer de um processo de ficção, contexto e circunstancias precisam ser criados e desenvolvidos. Daí a necessidade da mediação.”. (pag. 2).

“[...] a interpretação não é neutra, ela reflete os valores operando no campo em que é realizada. [...].”.” (pag. 2)

“Segundo Susan Suleiman, a preocupação com o espectador e a interpretação representa também um sintoma de evolução recente das ciências humanas em direção à auto – reflexão e ao reconhecimento da relevância do contexto. [...].”. (pag. 2).

“Pesquisas sobre recepção teatral, que realizei entre 1997 e 2006, revelaram que o impacto cultural de um espetáculo está relacionado quer com sua ressonância com o contexto social do espectador, quer com a transgressão das formas usuais e/ou cotidianas do uso do espaço e do texto.”. (pag. 3).

“[...]. Um trabalho de criação, segundo Iser, tem dois polos: o artístico (o texto) e o estético (a realização do texto do leitor). [...].”. (pag. 3).

“Tomaz Tadeu da Silva propõe “a pedagogia como cultura, a cultura como pedagogia”, como forma de mobilizar uma economia afetiva que é tanto mais eficaz quanto mais inconsciente. [...].”. (pag. 4).

“A atuação do professor no espaço da investigação da recepção teatral assim caracterizada como mediação ao nível da configuração do horizonte de expectativas do aluno e da sua interpretação, uma vez que a identificação dos vazios do texto influenciará sua percepção. [...].”. (pag. 4).

“Na fronteira entre a pedagogia e o teatro, o estudo da recepção permite explorar formas de inserir o espectador no espaço espetacular e incluir sua voz na construção da narrativa teatral. Uma investigação em processo aponta para uma avaliação diagnostica quanto para um planejamento que promova travessias estéticas, pedagógicas e teóricas.”. (pag. 4).

 

O texto trás numa linguagem clara significados simplificados que contemplam o trabalho literal da recepção, além de aborda a recepção na sala de aula, a aproximação e o papel do professor/diretor, a construção (vantagens e desvantagens) de um formulário (um questionário) avaliativo/observativo, a observação dos signos e leituras que os espectadores notam no palco, os contextos e circunstancias para cada espectador e cada espetáculo, o texto e o seu leitor, a importância de conhecer para avaliar, a aproximação do contexto social e a distancia do casual além dos exemplos. Os trechos retirados trazem uma reflexão sobre diversos pontos do estudo da recepção, d aposição do espectador e da figura do professor/diretor.

 

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