Fichamento
do artigo O espaço da pedagogia na investigação da recepção do espetáculo de
Biange Cabral.
“O
aspecto sensível que envolve a relação entre o artista e a avaliação de seu
trabalho não se restringe ao teatro profissional – está presente na sala de
aula, quer em disciplinas práticas e teóricas. Existe uma similaridade entre as
questões postas à formação do espectador e à avaliação do desempenho do
aluno.”. (pag. 1).
“A
aproximação das funções do professor e do diretor, na contemporaneidade, reforça
a oportunidade de investigar a recepção. [...]. Professor e diretor são ambos
mediadores, entre a produção e a recepção do espetáculo. [...].”. (pag. 1).
“Hoje
é possível observar um crescente interesse pela recepção, como parte da
tendência das ciências humanas de privilegiar a auto - reflexão e reconhecer a
relevância do contexto. Em termos pedagógicos isto representa uma maneira
segura para focalizar as respostas individuais em trabalhos de grupo [...].”.
(pag. 2).
“[...],
Eco distingue contexto (O ambiente onde uma dada expressão ocorre paralelamente
a outras expressões pertencentes ao mesmo sistema sígnico) de circunstancia (a
situação externa onde a expressão ocorre).”. (pag. 2).
“No
decorrer de um processo de ficção, contexto e circunstancias precisam ser
criados e desenvolvidos. Daí a necessidade da mediação.”. (pag. 2).
“[...]
a interpretação não é neutra, ela reflete os valores operando no campo em que é
realizada. [...].”.” (pag. 2)
“Segundo
Susan Suleiman, a preocupação com o espectador e a interpretação representa
também um sintoma de evolução recente das ciências humanas em direção à auto –
reflexão e ao reconhecimento da relevância do contexto. [...].”. (pag. 2).
“Pesquisas
sobre recepção teatral, que realizei entre 1997 e 2006, revelaram que o impacto
cultural de um espetáculo está relacionado quer com sua ressonância com o
contexto social do espectador, quer com a transgressão das formas usuais e/ou
cotidianas do uso do espaço e do texto.”. (pag. 3).
“[...].
Um trabalho de criação, segundo Iser, tem dois polos: o artístico (o texto) e o
estético (a realização do texto do leitor). [...].”. (pag. 3).
“Tomaz
Tadeu da Silva propõe “a pedagogia como cultura, a cultura como pedagogia”,
como forma de mobilizar uma economia afetiva que é tanto mais eficaz quanto
mais inconsciente. [...].”. (pag. 4).
“A
atuação do professor no espaço da investigação da recepção teatral assim
caracterizada como mediação ao nível da configuração do horizonte de
expectativas do aluno e da sua interpretação, uma vez que a identificação dos
vazios do texto influenciará sua percepção. [...].”. (pag. 4).
“Na
fronteira entre a pedagogia e o teatro, o estudo da recepção permite explorar
formas de inserir o espectador no espaço espetacular e incluir sua voz na
construção da narrativa teatral. Uma investigação em processo aponta para uma
avaliação diagnostica quanto para um planejamento que promova travessias
estéticas, pedagógicas e teóricas.”. (pag. 4).
O texto trás numa linguagem clara
significados simplificados que contemplam o trabalho literal da recepção, além
de aborda a recepção na sala de aula, a aproximação e o papel do
professor/diretor, a construção (vantagens e desvantagens) de um formulário (um
questionário) avaliativo/observativo, a observação dos signos e leituras que os
espectadores notam no palco, os contextos e circunstancias para cada espectador
e cada espetáculo, o texto e o seu leitor, a importância de conhecer para
avaliar, a aproximação do contexto social e a distancia do casual além dos
exemplos. Os trechos retirados trazem uma reflexão sobre diversos pontos do
estudo da recepção, d aposição do espectador e da figura do professor/diretor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário