Fichamento do artigo Uma incursão pela estética da
recepção de Edélcio Mostaço.
“A recepção não é uma dimensão individual, mas um
fenômeno coletivo, resultante das manifestações advindas das interpretações
singulares, dimensionada através das práticas de leitura e agenciamentos
históricos efetuados sobre textos e autores. [...].”. (pag. 1).
“[...], a estética da recepção é uma operação
comprometida com o processo artístico.”. (pag. 2).
“[...] deslocar o eixo da discussão cultural, deixando de
privilegiar o autor e seu universo para ressaltar o processo interativo que se
estabelece entre a obra, o leitor e o fundo social circundante. [...].”. (pag.
2).
“A estética da recepção parte do pressuposto de que a
arte é um fazer, uma construção e, como tal, infunde uma dada relação com o
leitor/espectador. [...].”. (pag. 4).
“[...] às poiesis, aisthesis e katharsis, três fases
concomitantes da experiência estética que levam à apreensão da obra. [...].”.
(pag. 3).
“Na acepção grega de fazer (poien), a poiesis implica no
prazer que sentimos como realizadores da obra (ou de sua leitura), [...]. A
aisthesis, por sua vez, implica na dimensão de percepção reconhecedora ou de
reconhecimento perceptivo, [...].”. (pag. 3).
“E a katharsis, conceito colhido em Aristóteles e Górgias,
através do qual nos deixamos levar pelo engano ou artificio, participes de um
jogo capaz de infundir quer uma liberação da psique quer uma mediação de
apreensão que alivia o sujeito das normas de ação e julgamentos, acima dos
interesses imediatos e implicações advindas do senso-comum.”. (pag. 3).
O texto possui muitos
termos da sociologia e da filosofia que abordam traços e tendências da estética
da recepção, além de trazer um contexto interiorizado para o Teatro. Em meio as
suas abordagens o autor trás características e esclarecimentos sobre a poiesis,
aisthesis e katharsis.
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