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domingo, 2 de outubro de 2011

Atmosfera e recepção numa experiência com o teatro na Alemanha – Luis Claudio Cajaíba Soares

Atmosfera e recepção numa experiência com o teatro na Alemanha –
Luis Claudio Cajaíba Soares
Fichamento
“O que o texto dramático exibe de forma mais nítida que outras formas literárias é uma metáfora cênica construída pelos vários níveis de sua estrutura basicamente verbal.”p.01
“Para que as coisas e o teatro deixem de ser vistas por pessoas razoáveis é preciso que o discurso sobre eles também deixe de ser “razoável”. É preciso que a recepção seja vista como livre das amarras impostas pelo romantismo, que pressupõe o artista genial e o receptor ignaro.”p.02
“[...] a palavra atmosfera, em contextos sobre a experiência estética, se aproximaria dos discursos políticos,quando se enfatiza, por exemplo, que o passo mais importante – e só assim as melhorias podem acontecer – é a mudança de atmosfera [...]” p.03
“Lembrei-me, então, de outro filósofo alemão, Hans Georg Gadamer, que diz que a experiência com a arte é o lugar mais confortável do homem no mundo, por proporcionar uma clivagem, um desligamento de si, uma entrega ao outro. E constato que ele tinha razão.”
“Mesmo partindo-se do pressuposto de que ‘toda atmosfera é imprecisa em relação ao seu status ontológico. Isso significa dizer que mesmo essa descrição conterá ainda a imprecisão e que uma descrição, onde estão implicados sujeitos e objetos, sempre parecerá nebulosa e carente de uma complementação pelo sentir. Por isso clama por um redimensionamento, por uma rearticulação do uso do termo atmosfera e propõe que o ‘conceito de atmosfera enquanto conceito de Estética deve unir os diferentes usos do cotidiano aos seus diferentes caracteres” p.04
“Uma nova estética, assim, poderá ser formulada de três modos: (i) ‘A estética até então predominante é uma estética do juízo, ou seja, uma estética que não trata da experiência, ou da experiência sensitiva, como o termo designava em sua origem grega’. [...] (ii) Este lugar do julgamento passou a ser central na teoria estética, com uma predominância para o domínio lingüístico e, hoje em dia, para o domínio da semiótica. Essa estética ‘de modo algum, deixa evidente que um determinado artista, com sua obra, queira compartilhar algo com um possível observador’. [...] (iii) Walter Benjamin se refere, com seu conceito de aura. A uma atmosfera de distância e de apreciação, que uma obra original proporciona. ‘Ele pretendia, com este conceito, fazer uma distinção entre uma obra original e sua reprodução, e acreditava num desenvolvimento próprio da arte que eliminasse essa noção de aura’,o que seria possível com a expansão da reprodução através os novos meios de comunicação.”p.04

Comentário
O que se evidencia no artigo principalmente é a mudança do conceito de estética, das referências que partiam da idéia de sensações para noção de percepção e juízo. Incorpora-se também, dentro da percepção, signo e significados.O conceito de aura é um retorno ao conceito de sentir.
Desse modo, a nova estética é fruto de uma fusão da percepção do espectador, sob o ponto de vista da sua análise e de seu envolvimento com a obra.

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