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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

VI Seminário do PIBID-UFBA: Conversa de professor: A docência na prática.

A EXPERIÊNCIA DO SUBPROJETO PIBID TEATRO DA UFBA

1Subprojeto: Teatro
Ana Lucia Ribeiro da Silva
Camila Bonifácio Santos de Jesus
Jorge Luís Andrade Borges
Milana Soares de Oliveira
Regina Helena Espírito Santo
Contatos: Colégio Estadual Odorico Tavares, daldinh@hotmail.com
Escola Estadual Dom Avelar Brandão Vilela, mila_coral@yahoo.com.br
Escola Municipal Zulmira Torres, jorgeborges03@gmail.com
Centro Educacional Santo Antônio, milanadeoliveira@gmail.com
Colégio Estadual Rapael Serravalle, reginaesanto@hotmail.com

RESUMO
Este relato de experiência aborda aspectos da atuação prática cotidiana das/dos bolsistas PIBID-Teatro UFBA, em consonância com a prática de suas/seus supervisores que atuam como docentes do ensino básico da rede pública formal, num total de cinco escolas em Salvador e Simões Filho. O relato centra sua discussão nos aspectos de ensino-aprendizagem que se estabelece entre as/os envolvidos neste Programa, identificando os impactos e relevâncias da prática do ensino de teatro à luz do olhar da recepção teatral, analisando a experiência PIBID inserida na grade curricular formal, que têm trazido resultados significativos nas ações com crianças e adolescentes. A ação dos supervisores na escola visa possibilitar às crianças e adolescentes envolvidos no processo teatral, uma nova forma de olhar a cena estando dentro e fora dela, abre espaço para a interpretação daquilo que foi recepcionado das cenas teatrais e traz reflexões à sua vida cotidiana. Se o teatro pode auxiliar na comunicação entre as pessoas, utilizemo-lo para ressignificar as histórias de vida de cada sujeito envolvido de modo protagonista, gerando uma nova percepção do fazer e recepcionar o teatro na vida de cada um. Será relatado neste trabalho a experiência dos bolsistas do PIBID-Teatro no Colégio Estadual Raphael Serravalle, trazendo uma reflexão sobre o ambiente escolar, questionando a concepção do espaço físico e ideológico, expondo os relatos de experiências didáticas em classe e extraclasse, apontamentos sobre a aprendizagem adquirida com os discentes desta instituição, bem como o papel do Programa na formação dos futuros professores. Aqui será destacado a experiência de uma das escolas que abrigam o PIBID, mas é importante salientar que as outras instituições também mantém suas ações amparadas nas ideias e concepções através de uma pedagogia libertadora e que comunga com os ideais e resultados das ações PIBID aqui descritas, para explanar de forma breve sobre a atuação das demais escolas incluímos o histórico geral das ações do subprojeto em ações nas escolas e atividades extra curriculares.

Palavras-chave: Teatro – Experiências – Educação
1 Coordenador de área Prof. Dr. Luiz Cláudio Cajaiba Soares, docente da Escola de Tdas deatro – UFBA.

INTRODUÇÃO
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID da Universidade Federal da Bahia – UFBA, foi criado com a finalidade de valorizar o magistério e apoiar os estudantes de licenciatura plena, aproximando a universidade da escola pública da Educação Básica. Estudantes de licenciatura vinculados ao PIBID após serem inseridos nas escolas vivenciam a sua rotina, coordenados por professores da UFBA e sob a supervisão de professores de sua área nas escolas conveniadas, sob a iniciativa da CAPES, visando obter a elevação do padrão de qualidade da Educação Básica.
O subprojeto PIBID em licenciatura em Teatro da Universidade Federal da Bahia oferece uma experiência importantíssima para a vida dos estudantes que se preparam para a atividade de docência e colabora na formação de grandes pensadores.
Todas as licenciaturas, no nosso ponto de vista, são de extrema importância para a formação das pessoas e no caso do Teatro, acreditamos que a formação oferecida pela Escola de Teatro da UFBA ajuda a colaborar para sistematização de novas dinâmicas e estratégias educativas envolvendo o teatro, além de estabelecer uma nova visão de educação e de ensino através da Arte.
Através do PIBID-Teatro, renovamos a crença de que o professor de Artes deve posicionar-se claramente sobre as dimensões estéticas e artísticas que compõem os desafios contemporâneos e se conectam a educação escolar dos estudantes. Investigamos o alcance do processo desencadeado pelas ações do projeto nas escolas públicas conveniadas e suas repercussões, nos seus diversos aspectos inovadores e relevantes para o estudo e pesquisa do ensino de Teatro.
Diante do quadro em que se apresenta o ensino da Arte na escola pública do nosso país onde a sua função está reduzida a um saber imaterial e que, portanto, em relação às outras disciplinas, possui um valor considerado hierarquicamente inferior, numa sociedade em que todos os bens se apresentam como mercadorias em que se privilegia o ter em detrimento do ser, cabe a nós desvelar o que se esconde por trás desse quadro, assim concordamos com Rubem Alves quando diz:
Somente o que diz seu ‘não’ às coisas como são, mostra o desejo de sofrer pela criação do novo. O mundo da cultura seria literalmente impensável, se não fosse pelos atos de rebeldia de todos aqueles que fizeram algo para construí-la (ALVES, 2007, p. 25).
Percebemos que a prática teatral em sala de aula é a única forma de assegurar a continuidade de um processo que atende ao objetivo de uma educação escolar em Arte, pensada pelos caminhos de uma educação estética articulada ao fazer artístico,
o processo de criação só estará completo durante a recepção, sendo através do contato com o público, que o ato de criação se concretizará, o que também caracteriza as atitudes e habilidades deste espectador adquiridas a partir da sua cultura, portanto, o gostar e o não gostar de determinado produto artístico depende do que trazemos, da relação que mantemos com a cultura que nos rodeia.
Sabemos que o educando através do fazer teatral consegue mobilizar ações que resultam em formas imaginativas provenientes de sínteses emocionais e cognitivas, porém, esta ação só será completa com a participação do espectador, recriando e dando uma nova dimensão da obra criada a partir da sua compreensão, da linguagem, do que foi apresentado, da expressão do artista, numa coautoria viva, onde fatores culturais, sociais e artísticos são responsáveis pela formalização dos sentimentos estéticos.
O PIBID-Teatro proporciona por um lado aos estudantes envolvidos, uma aproximação com a Recepção Teatral e com a prática dos Jogos Teatrais, mobilizando ações que resultam em novas formas de fazer e compreender o Teatro, a partir da experiência pessoal e dos saberes adquiridos com essa experiência. Oferece aos professores da rede pública de ensino, regentes de classe, o aperfeiçoamento e a atualização profissional, e numa terceira vertente, aos licenciandos em Teatro da UFBA, uma oportunidade única para o seu processo de formação pedagógica através do convívio com alunos do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas, como regentes de classe em estágio supervisionado.
Que o nosso aluno possa olhar para si mesmo, como um ser capaz de influenciar e operar mudanças à sua volta, a partir do seu contexto de vida, implementando ações que possam transformar a comunidade em que vive, entendendo que todos podem coletivamente participar, contribuindo a partir de suas experiências, entendendo que só a Arte consegue imprimir um valor verdadeiro ao sentimento, como um reflexo desse saber.

OBJETIVOS
Objetivo geral: refletir sobre a iniciação à docência a partir da análise dos impactos causados na formação das/dos professores de Teatro no curso de Licenciatura em Teatro da UFBA, através da atuação do PIBID-Teatro.
Objetivos específicos:
 Identificar as contribuições das ações do PIBID-Teatro na prática das/dos bolsistas em sala de aula;
 Revelar a importância da experiência no PIBID-Teatro para a formação destas e destes docentes em processo de aprendizagem;
 Demonstrar a apropriação dos elementos constituintes da prática teatral, através do envolvimento das educandas e dos educandos em sala de aula.
 Verificar a repercussão do PIBID-Teatro nas escolas públicas conveniadas;
 Apresentar um histórico das ações empreendidas pelo PIBID-Teatro, que envolvam a recepção e jogos teatrais.

HISTÓRICO DE AÇÕES DO PIBID TEATRO

Participações em Congressos e Encontros Científicos
CONFAEB- Um dos palcos de luta tem sido a realização de um congresso nacional que vem colocando em pauta as questões mais importantes da categoria nesses últimos vinte anos. Assim o CONFAEB é o congresso anual, nacional da Federação de Arte-Educadores do Brasil, e é o evento mais importante da área, para os arte-educadores brasileiros.
 XXI Congresso Nacional da Federação dos Arte/Educadores do Brasil e o Encontro Nacional de Arte/Educação, Cultura e Cidadania. De 14 a 18 de novembro /2011 em São Luiz - Maranhão.
 XXII Congresso Nacional da Federação dos Arte/Educadores do Brasil. De 29 de outubro a 2 de novembro/2012 em São Paulo- SP.
ABRACE - A Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-graduação em Artes Cênicas - foi criada em Salvador, Bahia, no dia 21 de abril de 1998, com apoio do CNPq e a participação de representantes das Universidades Federais da Bahia - UFBA, do Rio de Janeiro - UNI-RIO, Fluminense - UFF, do Rio Grande do Sul - UFRGS, da Paraíba - UFPB, de Pernambuco - UFPE, do Rio Grande do Norte - UFRN e de Viçosa - UFV, das Universidades Estaduais de São Paulo - USP, de Campinas – UNICAMP e de Santa Catarina – UDESC, e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/ SP.
 VI Reunião Científica da ABRACE
Outubro/2011 – Porto Alegre - RGS
I ENCONTRO NACIONAL PIBID TEATRO
“Metodologias para o ensino de teatro na Educação Básica”
13 e 14 de Abril / 2012 – Belo Horizonte - MG
II ENCONTRO NACIONAL PIBID TEATRO
“Teatro, Infância e Juventude: o que se faz na escola”
18 a 21 de Abril / 2013 - Uberlândia – MG
III ENCONTRO NACIONAL DE LICENCIATURAS E II SEMINÁRIO NACIONAL DO PIBID
05 a 07 de dezembro de 2012 - Cidade Universiária/UFMA
Participações na Cena Cultural Baiana
FIAC -O PIBID Teatro participa anualmente de Eventos da Cena Baiana como o FIAC – Festival Internacional de Arte Cênica - levando os estudantes das escolas parceiras para os diversos espetáculos, em diferentes espaços teatrais e realizando atividades de Recepção Teatral e Formação de Plateia, que possam garantir uma ampla inserção dos educandos na sua Cultura/Arte e uma leitura crítica de mundo.
TEATRO MARTIN GONÇALVES – Os bolsistas PIBID, por serem alunos da ETUBA, promovem o amplo acesso dos educandos das Escolas Parceiras onde atuam a este espaço teatral, seja em visitas técnicas/exploratórias para conhecer a estrutura física e o equipamento de Cenografia e Iluminação, seja para Apresentações, Palestras e Leituras Dramáticas.
Estão ainda habituados as levarem os alunos ao CENTRO CULTURAL ENSAIO e ESPAÇO XISTO BAHIA onde assistem espetáculos dramáticos e/ou performances dos grupos locais ou regionais.
Mostras cênicas e atividades extracurriculares aplicadas em outras Comunidades
Escola Municipal Zulmira Torres
O PIBID na Escola Municipal Zulmira Torres: acontece dentro do projeto “Grupo de Teatro Zulmira Torres”, projeto este que agrega todas as ações onde a linguagem teatral se faz presente na unidade escolar e seja idealizado, coordenado, dirigido ou supervisionado pelo professor de teatro Jorge Borges, lotado na unidade escolar.
Aula Dramatizada - 2012
Numa ação interdisciplinar, as professoras regentes, Maria Letícia Moraes e Zenil Santana, elaboraram os conteúdos de aula sobre a água e o índio, os quais foram estudados pelos alunos. Valendo-se da aula dramatizada como estratégia e utilizando as técnicas de formas animadas e improvisação com o objetivo de ensinar a outros alunos da escola o assunto que foi aprendido em sala de aula regular, as bolsistas do PIBID, Thelma e Lorena, transformaram estes conteúdos em dramaturgia e promoveram a “Aula dramatizada.”
Mostra Teatral - 2013
O processo: Foram dez meses. Cinco turmas (3ºA, 3B, 4ºA, 5ºA e 5ºB) do turno matutino tiveram contato com estagiários e conheceram os elementos básicos e complementares do teatro. Cada estagiário deu semanalmente duas aulas de 50 minutos cada e observaram mais outras duas aulas. Planos de aulas, relatórios diários, plano de trabalho semestral, relatórios semestrais, leituras e fichamentos de textos, reuniões de supervisão e coordenação de área, foram atividades obrigatórias e importantes para garantir melhores qualidades no trabalho desenvolvido por cada agente do projeto, e assegurar uma melhor qualidade na aplicação técnica para os alunos da escola.
“Campanha de Prevenção e Combate a Dengue” - A convite da SMED e da Secretária de Saúde o Grupo de Teatro Zulmira Torres participou desta campanha que aconteceu do dia 21 ao dia 28 de agosto de 2013. A trupe
levou a peça teatral “Dengue A Batalha” para várias escolas da rede municipal de ensino de Salvador.
Centro Educacional Santo Antônio
 Oficina de Palhaço
Casa da Fraternidade – 01/12/12
 Festival da Alegria
Casa da Fraternidade - 09/12/12
 Oficina de Iniciação Teatral
Juventude Espírita Joanna de Ângelis - 01/12/12
Terreiro Ilè Asé Opo Olú Ode Alaayeda 19/01/12
Escola Estadual Dom Avelar Brandão Vilela
 NEGRIFICAR - 1ª edição - 2012: Projeto desenvolvido pela professora regente, envolvendo a participação das/dos bolsistas;
 NEGRIFICAR - 2ª edição - 2013: Projeto desenvolvido pela professora regente, envolvendo a participação das/dos bolsistas;
 Compartilhando experiências – miniexposição das/dos bolsistas das ações desenvolvidas na escola em consonância com as perspectivas dos TCC's;
 Apreciação Cênica: Espetáculo "Lixo: o problema nosso de cada dia" turmas de bolsistas, aliando a experiência ao trabalho desenvolvido com Teatro de Formas Animadas;

REFERENCIAL TEÓRICO
O Colégio Estadual Raphael Serravalle - CERS é uma escola da rede pública do Estado da Bahia, localizada em Salvador, no bairro do Itaigara, ficando próximo ao
fim de linha da Pituba, o que lhe confere uma acessibilidade privilegiada. A escola abriga cerca de 2.800 alunos, divididos em Ensino Fundamental e Médio, ocupando 23 salas de aula, em sua capacidade máxima, e funcionando nos três turnos.
Além das salas de aula do ensino regular, oferece espaços pedagógicos específicos, como salas de língua estrangeira, biblioteca, sala de informática, laboratórios de biologia e física, sala de apoio aos alunos com necessidades especiais e duas quadras poliesportivas, uma coberta e outra descoberta. Possui ainda um auditório, com capacidade para cerca de 200 pessoas. Tem uma gestão democrática, com direção eleita pela comunidade escolar, apoio do Colegiado Escolar e do Grêmio Estudantil.
A partir das primeiras observações do interior da escola, é possível entender o visível desencantamento em que se acham todos os sujeitos envolvidos na comunidade escolar, por sua estrutura não ser muito diversa de outras localidades deste País. Remonta a um modelo antiquado de arquitetura, mais próxima de um presídio, com muros altos e grades, construída para vigiar e punir, de acordo com Focault (1977). Depoimentos de alunos, professores, gestores e pais, deixam claro, em atitudes e palavras, que a escola não corresponde às suas expectativas e vai perdendo cada vez mais sua função social.
É possível sentir a gravidade da crise que atinge a Educação e se reflete nas relações interpessoais presentes na instituição escolar. No caso do Colégio Estadual Raphael Serravalle, como professora efetiva há mais de vinte anos, por diversas vezes me vi envolvida, ora como integrante, ora como espectadora, em incidentes desagradáveis que demonstram como a violência permeia essas relações. Embora pareça reflexo natural do cotidiano da época atual, o aumento do individualismo e da aspereza no trato com os outros, não pode deixar de ser percebido por nós, educadores afinados com o pensamento de Dellors (2003) e Courtney (1980), que defendem a humanização como finalidade da educação neste novo século.
Richard Courtney (1980, p. 4) afirma que:
Precisamos proporcionar uma educação que possibilite os homens desenvolverem suas qualidades humanas. É esta a maior necessidade de nosso tempo. A crescente especialização de nossa sociedade científica tende a não se concentrar nas qualidades essencialmente humanas. Tanto em nossa educação quanto em nosso lazer, precisamos cultivar o ‘homem total’ e nos concentrarmos nas habilidades criativas do ser humano.
Afirmações como esta nos levam a analisar alguns aspectos mais específicos, procurando razões para entender o fato da escola ter chegado a esse quadro tão desolador.
A instituição de muros e grades em muitas escolas é uma das evidências de tal vigilância, onde tudo é controlado, entradas e saídas, atitudes e conversas, palavras e sussurros. Muitas vezes, atos espontâneos são trocados por reproduções ou códigos, para os adolescentes não serem descobertos em suas reais atitudes. Michel Foucault (1977, p. 154) avalia que,
Toda uma problemática se desenvolve então: a de uma arquitetura que não é mais feita simplesmente para ser vista (fausto dos palácios), ou para vigiar o espaço exterior (geometria das fortalezas), mas para permitir um controle interior, articulado e detalhado – para tornar visíveis os que nela se encontram; mas geralmente, a de uma arquitetura que seria um operador para a transformação dos indivíduos: agir sobre aquele que abriga, dar domínio sobre seu comportamento, reconduzir até eles os efeitos do poder, oferecê-los a um conhecimento, modificá-los.
Visando uma nova perspectiva apontada por pedagogos como Freire (1996), Morin (2003) e outros, a proposta de uma educação dialógica, com base na Pedagogia do Teatro que buscamos em nossa prática, tem como um de seus objetivos substituir a autoridade intelectual e moral pela interação e investigação. É nesse contexto educacional que o Colégio Estadual Raphael Serravalle se articula em parceria com o subprojeto de Teatro do PIBID, sob a coordenação do Prof. Dr. Luiz Cláudio Cajaiba Soares, docente da Escola de Teatro da UFBA e pela coordenação geral do PIBID/UFBA pela Prof. Dra. Alessandra Assis.

PERÍODO DE REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE DE REFERÊNCIA
As atividades aqui referenciadas tiveram lugar no Colégio Estadual Raphael Serravalle - CERS, nos turnos Matutino e Noturno, durante o segundo semestre do ano letivo de 2012, que se estendeu até o final de janeiro de 2013, devido à greve dos professores. Algumas atividades referem-se já ao primeiro semestre de 2013, que teve finalização em agosto do corrente ano.

METODOLOGIA
Os bolsistas do PIBID-Teatro no CERS encontram diversas opções ao iniciar seu contato com a escola. Durante o turno Matutino, funciona o Ensino Fundamental II, com as séries do 6º ao 9º Ano, distribuídos em salas com cerca de 40 alunos. Nesse mesmo turno são realizadas as Oficinas do Ensino Médio Inovador, salas com
no máximo 20 alunos desse outro nível, que possuem aulas regulares no Vespertino. No turno Noturno, funcionam o ensino Fundamental II e Médio, com salas menos numerosas e alunos geralmente maiores de 18 anos e trabalhadores.
Além dessa diversidade de público, o CERS é referência no quesito Inclusão de Alunos com Necessidades Especiais, atendendo um grande número de surdos, além de algumas pessoas portadoras de outras necessidades especiais como Síndrome de Dawn, Cegueira e Autismo. Qualquer que seja a escolha do turno ou nível de ensino pelo bolsista PIBID, é provável que se encontre diante de uma turma onde esses alunos com necessidades especiais estejam regularmente inseridos. Se for esse o caso, contará com o apoio irrestrito dos profissionais especializados da escola, recursos materiais adequados, bem como técnicos/tradutores de LIBRAS para auxiliá-los na mediação pedagógica com esses educandos.
A metodologia utilizada pelos bolsistas tem como foco principal os jogos teatrais, sempre adaptados à realidade de cada turma, considerando seus conhecimento prévios e interesses, bem como especificidades quanto à idade e presença de alunos com necessidades especiais. É importante destacar que o planejamento é realizado de forma coletiva, com docentes e coordenadores pedagógicos, em perfeita consonância com o Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE), cuidando para referenciar os Projetos Interdisciplinares escolhidos pelos docentes para cada período letivo.
Os jogos teatrais vão além das questões pedagógicas e alcançam instâncias mais profundas, atuando sobre questões mais subjetivas relacionadas ao medo, ao fracasso, a perda. Diante disso pensamos que o teatro pode de alguma maneira ajudar o adolescente a trilhar o caminho na descoberta de si mesmo e a lidar com as possíveis dificuldades que surjam durante esse processo.
Viola Spolin fala que,
Ao participar dos jogos teatrais, professores e alunos podem encontrar-se como parceiros, no tempo presente, e prontos para comunicar, conectar, responder, experienciar, experimentar e extrapolar, em busca de novos horizontes. (Spolin 2008, p.20).
A respeito da prática teatral para atores e não atores, como é o caso da nossa experiência em sala de aula com o teatro, buscamos a referência do encenador Augusto Boal, o qual insiste que o fazer teatral pode ser empreendido por todos, já que otimizará um conhecimento sobre si próprio, além de ter um papel relevante na construção da cidadania. O autor pergunta o seguinte:
Quantos de nós somos capazes de olhar no espelho e de nos ver realmente como somos ou como queremos ser, e não como querem que
sejamos? Talvez com o espelho do teatro, esta imagem permita diminuir a distância entre o real e o imaginário. (Boal, 2003, p.14).
Atentos a esses e outros autores norteadores, cada bolsista constrói seu plano de ação, elegendo seus objetivos a curto e longo prazo, baseando sua prática também nas suas experiências exitosas anteriores e reorientando as etapas de acordo com avaliações contínuas dos resultados (diários de bordo dos alunos, rodas de conversas e outras produções orais e escritas) que acompanham todo o seu processo de trabalho.
A maioria dos planos de aula segue um modelo que pode ser resumido em: atividades de integração, preparação corporal e vocal com alongamentos, jogos de concentração e atenção, jogos teatrais específicos e improvisação teatral. São escolhidos coletivamente temas de acordo com o cotidiano dos alunos e propostos outros que atendem aos projetos interdisciplinares da escola. A cada final de sessão, abre-se a roda de conversa, onde todos são instados a opinarem sobre os resultados e colaborarem com sugestões para o melhor desenvolvimento das atividades e crescimento do grupo. São então convidados a registrarem tudo que ocorreu naquela sessão, inclusive suas sensações e mudanças comportamentais em seus diários de bordo, como tarefa a ser entregue na sessão seguinte. A cada semana, a critério do condutor do grupo, poderão ser lidos alguns desses relatórios, antes de se iniciar nova experiência. Muitas das sessões ainda incluem produção de teatro formas animadas, textos dramáticos, cenários e adereços para as cenas improvisadas, que poderão ser selecionadas para apresentações a um público mais amplo, dentro ou fora da escola.
Tem sido essa experiência bem diversificada, ocorrida principalmente no turno Noturno, que modificou e redirecionou o objeto de pesquisa de alguns dos bolsistas, como Ricardo Santana e Liliane Pires, fazendo-os voltar-se para a problemática da Inclusão. Em suas próprias palavras:
O ensino em turmas do noturno revela uma série de intempéries, de modo que o profissional em educação que atua com ele tem diariamente à sua frente desafios que incluem, entre outras questões, o trabalho com ações que contribuam efetivamente para a elevação da autoestima dos alunos, a superação da evasão, além de parte considerável desses alunos – surdos, autistas, mudos – estarem ali em situação de inclusão. Além disso, existe ainda o fato de que parte relevante de alunos trabalha durante todo o dia, chegando à escola – muitas vezes – esgotados, desmotivados, sonolentos. Outro agravante dessa situação é a disparidade entre as faixas etárias com as quais o professor maneja numa mesma sala de aula, tendo que desdobrar uma atividade (ainda que eminentemente prática) que compreenda tanto o vigor físico do adolescente quanto as restrições
impostas pelo tempo ao corpo mais idoso, cujos movimentos são mais limitados, menos ágeis; um contraste natural entre o corpo cuja fase é a da ânsia e o corpo cuja estação demanda maior repouso. Ressalta-se o principio de que todas as ações acima citadas são vistas não como dificuldades, bloqueios, mas enquanto desafios. E os desafios sempre fizeram e sempre farão parte da educação e, consequentemente, da trilha do educador. A experiência e o amadurecimento alcançados ao longo desse período, enquanto profissional em formação, foram de suma importância para a sequência do meu trabalho na sala de aula e para a carreira artística que escrevo em paralelo a ela. A cada vez que entro em sala, saio modificado, remodelado, reeducado por esses alunos, repito – autistas, surdos, mudos, trabalhadores – Mestres da arte de ensinar professores! Mestres no oficio de vencer as adversidades! (Ricardo Santana, relatório semestral do Pibid de 2013)

RESULTADOS
Em toda a ação é possível perceber que se as educandas e educandos estiverem curiosos a respeito do conhecimento, e plenamente envolvido na ação pedagógica, não haverá necessidade de pressões externas que interfiram em seus atos, uma vez que estarão direcionados ao objeto de conhecimento.
Acredita-se que vale a pena investir numa relação de afeto entre educador e educando, em uma verdadeira relação de troca, de diálogo. Quando falamos de afeto, segundo Wendell (2009), estamos fazendo referência primeiramente à noção de relação interpessoal, na qual se vê o aprendizado da convivência baseada numa educação para o desenvolvimento humano, onde nota-se que:
Nesta relação e convívio com as outras pessoas, é preciso desenvolver “a capacidade de se colocar no lugar do outro”, respeitando suas diferenças, sabendo que “interagir é estar atento [...] saber falar, saber ouvir, ensinar falando, aprender ouvindo”, mantendo um compromisso com o coletivo (ANDRÉ; COSTA, 2004, p.78-79, apud Wendell, 2009, p.61).
Vale ressaltar que as/os bolsistas que fazem a opção pelo Ensino Fundamental II, enfrentam dificuldades com salas muito numerosas, alunos impacientes e ruidosos presos em filas de carteiras tendo o olhar dirigido à nuca do colega sentado imediatamente à sua frente.
O desafio das aulas de Teatro é desconstruir essa rotina, quebrar o paradigma de que aprende melhor quem está quieto, calado e imóvel. O Teatro vai estabelecer novos parâmetros, baseado em outros pressupostos teórico/práticos. O relato da bolsista pode ilustrar melhor esse desafio:
Houve sim dificuldades, mas fomos superando ao longo dos encontros. A minha turma foi maravilhosa. Sentia uma grande alegria, quando entrava em sala, pois os mesmos se posicionavam e já tiravam as cadeiras para podermos iniciar o trabalho. Foi um ano de produção, gostei e quero continuar nesse Programa, pois como já disse, é a base para o nosso desenvolvimento como docente. (Débora Santos, 2012/2013)
Nem sempre é fácil conter a euforia natural dos jovens diante de situações novas, mas entendemos que essa característica pode ser usada como uma força promotora da aprendizagem. Durante o trabalho em nossas oficinas e salas de aulas com Teatro, raramente me defrontei com as atitudes de violência e desrespeito que acontecem constantemente em outras áreas, conforme relatos dos professores da escola em que leciono.
O que importa, para muitas escolas, é conservar sua imagem, ou seja, não ter alunos perambulando pelo edifício escolar, mas sem se preocupar necessária e objetivamente com o conteúdo que o professor está lecionando. É importante não deixar alunos fora da sala de aula, pois estar fora da sala de aula é associado, principalmente, a termos como malandragem e falta de produtividade.
O ato de sair da sala de aula pode ser, às vezes, mais produtivo do que ficar dentro dela, sendo mais importante a postura do educador e as estratégias de mediação do conhecimento que se propõem em sua prática. Porém, a noção comumente aceita é de que espaços livres são perigosos e por isso têm de ser substituídos ou eliminados, cada vez mais rápido, diante da eterna expectativa de invasão do ambiente escolar. O perigo aqui remete a outras atividades para as quais os alunos se tornam disponíveis, ao ocuparem outros espaços da escola. Uma evidência dessas situações é a desorganização que se instala, quando há falta de professores, e os alunos ficam espalhados pelos corredores, sem uma atividade específica, o que ocorre com muita frequência nas escolas públicas.
É interessante observar que reforçamos essa estrutura escolar, à medida que executamos tarefas e controles arbitrários (ordens impostas, vigilâncias e castigos). Atitudes que silenciam os desejos éticos dos sujeitos envolvidos na aprendizagem, impedindo a circulação de saberes e, consequentemente, atrofiando mundos possíveis, que urgem por ser imaginados, desejados e experimentados, se direcionados a uma nova construção da relação ensino-aprendizagem. Esses controles reforçam concepções e práticas de saberes descontextualizados, como se pudéssemos ensinar sem fazer conexões com a vida, onde esses saberes são produzidos, ignorando os embates e conflitos que oficializaram a seleção de alguns saberes e a exclusão de outros. (SANTO, 2013, pg.29)
Quando modificamos nossas práticas pedagógicas, alinhando-as aos princípios de busca pela autonomia e cidadania consciente, os mesmos educandos que pareciam desinteressados, alienados e indisciplinados, nos premiam com atitudes coerentes com seu desenvolvimento cognitivo, físico e afetivo desejado como resultado das ações pedagógicas na escola. Assim, vejamos o relato sobre a visita ao Festival Internacional de Artes Cênicas:
Fizemos vários jogos teatrais e juntamente com o FIAC, levei-os ao Teatro de verdade. Assistimos duas apresentações de espetáculos, geradas através da mediação cultural que tem o objetivo de fazer essa ponte entre as escolas públicas e o ambiente de troca. Vimos as encenações de “O soldado de Solenildo” e “Bicicleta dançante” no Teatro do Solar Bela Vista. Ao final do espetáculo percebi que ainda existe um encantamento pela Arte, todos gostaram da experiência!(Débora Santos, relatório semestral do bolsista, 2012/2013)
Outros resultados podem ser analisados nos relatos contundentes de bolsista atuantes, transcritos abaixo:
Utilizei também as memórias em torno do dia 21 de dezembro de 2012 para conhecer o a realidade social e familiar dos alunos. A partir de lembranças e relatos construímos juntos, cenas e textos dramáticos. As cenas foram construídas paulatinamente a cada aula. Nos textos dramatúrgicos estiveram presentes as convenções básicas de um texto teatral, pois aulas sobre a estrutura do texto dramático já tinham sido aplicadas anteriormente. Para apropriação textual usamos ainda as técnicas propostas pela autora Maria Lúcia Pupo em sua tese de Livre docência Palavras em Jogo: textos literários e teatro educação também foram utilizadas e adaptadas(...) A dramaturgia para mostra final foi construída paulatinamente e com a participação de todos. Foram produzidos textos escritos que foram encenados, textos cênicos que foram escritos, partituras corporais e vocais, construção de espaços cênicos e de personagens, e dessa forma foi elaborada coletivamente uma dramaturgia teatral.( Sabrina Bispo, relatório semestral, 2012/2013)
As atividades desenvolvidas pelas/pelos bolsistas no Colégio Estadual Raphael Serravalle objetivaram suscitar reflexões referentes aos muros sociais, econômicos, educacionais e culturais que o sistema social impõe. Além de trazer para sala de aula a história do aluno como sujeito individual e coletivo. O planejamento elaborado objetivou dar continuidade a um trabalho que exaltasse a autoestima das/dos educandos contribuindo para suas ações como cidadãs e cidadãos ativos em suas vidas.
Destacamos que as ações do subprojeto PIBID de Teatro são já reconhecidas como exitosas tanto no CERS, como nas outras escolas parceiras, recebendo apoio por toda a comunidade escolar, particularmente por coordenadores pedagógicos e pela equipe gestora da escola.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Consideramos essencial a importância que o PIBID tem para as/os bolsistas que estão iniciando o processo de aprendizagem da docência, tornando-se um diferencial de extrema relevância no seu desempenho futuro como professor. O programa ajuda a ter uma noção básica, porém essencial, da prática em sala de aula e de como se dá a essa experiência no cotidiano do ensino de Teatro em escolas públicas, além de complementar a formação e capacitação profissional do licenciando, ampliando de forma notória seu contato com a realidade do magistério que irá enfrentar tão logo termine sua graduação.
A escola é um sistema social complexo, intrinsicamente regido por forças provenientes das relações de seus inúmeros sujeitos, não necessariamente afinados em suas concepções ético-políticas e/ou técnico-operacionais, o que torna esse ambiente de trabalho coletivo marcadamente heterogêneo em suas histórias e itinerários. Tudo isto tem sido objeto de estudo nos diferentes âmbitos da produção acadêmica, trazendo melhorias visíveis e resultados palpáveis no que diz respeito à qualidade da aprendizagem no ensino básico e nos currículos dos cursos superiores.
Acreditamos que um investimento na prática da docência, na forma como foi idealizado o PIBID, seja uma escolha muito mais adequada em busca de mudanças para o quadro de desolação em que se encontra a nossa escola pública. Embora muitas instituições educacionais brasileiras apresentem tentativas de acompanhamento e desenvolvimento da aprendizagem de forma diferenciada, envolvidas e respaldadas por teorias avançadas no cenário educacional mundial, isto não se dá na maioria das escolas públicas, principalmente nas regiões menos privilegiadas e mais distantes das grandes metrópoles.
A realidade das nossas escolas, acentuadamente nas periferias, está longe de satisfazer as necessidades elementares do público alvo, bem como sustentar o sonho dos jovens educadores recém-egressos das licenciaturas, inflados de teorias, mas despreparados psicológica e metodologicamente para enfrentar os inúmeros desafios de estar na sala de aula, tendo a responsabilidade de mediar diversas e inesperadas situações durante suas ações pedagógicas.
Com pensamentos e ideologias semelhantes ou não, esse jovem profissional precisa seguir cuidadosamente as orientações didáticas da escola em que atua, seja
ela um modelo tradicional-conservador ou emancipatório. Essa é a experiência diferencial que o bolsista PIBID levará como vantagem no término de sua licenciatura. O contato com diferentes escolas poderá torná-lo mais apto na observação crítica das suas ações pedagógicas, comparando-as às de outros mestres, testando novas propostas e mergulhando intensamente na experiência de ensinar e aprender com os outros, conforme indicava desde século passado o mestre Paulo Freire.
Segundo Bondía (2002), “a experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca” e é nesse sentido que o PIBID representa um papel relevante na formação do licenciando, antecipando sua reflexão sobre condutas a serem escolhidas na prática pedagógica. Como conduzir uma aula interessante e motivadora? Quais estratégias adotar para atingir a diversidade destes sujeitos que vamos encontrar na sala de aula? De que forma conciliar as ideias renovadoras que surgem na contemporaneidade acadêmica com a realidade de escolas obsoletas, marcadas por políticas excludentes? Como manter-se fiel aos seus princípios éticos e morais, sem deixar-se contaminar pelas ações de alguns educadores autoritários e descrentes de um futuro promissor para os jovens educandos, jovens que ali se encontram à mercê de seus atos, nem sempre respaldados pelas Diretrizes Educacionais do país?
Estas são algumas das inúmeras questões que afloram não apenas para a/o bolsista ao adentrar o universo das escolas, como também para nós supervisoras e supervisores que exercemos em nossa prática a função de orientar e aprender neste processo coletivo. Contudo, gradativamente a/o bolsista se aperceberá de que não terá respostas para tudo, que muitas outras questões brotarão de sua experiência no contato vivo com o ambiente escolar e que não há receituário que garanta seu sucesso no exercício da educação.
Podemos dizer que o primeiro fruto que o bolsista do PIBID vai colher ao longo de sua trajetória é a certeza de que dependerá de si, de seu esforço e de suas escolhas, conduzir de forma satisfatória sua jornada educativa. A nós, supervisores do PIBID e docentes efetivos nas escolas, caberá facilitar essa introdução na realidade escolar, compartilhar nosso conhecimento prévio das situações que já tenhamos vivenciado, incentivando e encorajando nas ações pedagógicas que julguem pertinentes aos objetivos escolhidos. Como se vê, não é tarefa fácil, mas sem dúvida gratificante.
Através deste relato demonstramos nossa crença na prática dos bolsistas do PIBID, suas ações diretas na aprendizagem em sala de aula, são experiências significativas, no mais amplo sentido do termo, envolvendo não só informação e formação de opiniões, mas profundas reflexões sobre as atitudes de cada licencianda
e licenciando, diante dos desafios de se tornarem educadores que trazem diferenças positivas no contexto educacional.

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