Bolsista: Marco Calil
A escrita teatral na formação de professores
Alessandra Ancona de Faria
“Para que esta reflexão ocorra, no sentido de transformar a prática que apresenta limites tanto no aspecto dos conceitos como das escolhas metodológicas feitas por ele, é necessário que o professor tenha autonomia, tenha independência intelectual, não se colocando permanentemente na postura de aprendiz.”
Comentário:
Acredito que essa reflexão tenha que acontecer e que o professor tenha sua autonomia e sua independência intelectual, mas quando ele se coloca numa postura também de aprendiz, esse processo se dá ainda mais por completo, pois dessa forma ele sempre estará aberto para novas propostas e descobertas.
“A impossibilidade de resolução das proposições individualmente, que faz parte da estrutura do jogo teatral, propõe que a relação coletiva se fortaleça e crie unidade, cada um se reconhecendo como integrante de um coletivo.”
Comentário:
A idéia de coletivo é muito interessante e se aplica muito bem nessa estrutura do jogo teatral, pois sabe-se que o teatro é sinônimo de coletividade e que não se joga um jogo sozinho. Portanto, existe a possibilidade de ser ter as questões individuais e autônomas, mas que em um determinado momento isso será dividido e compartilhado com todo aquele grupo, se transformando somente em uma unidade, em uma espécie de um corpo só, tornando-se assim um coletivo, a partir das individualidades.
“Busco, nesta pesquisa, por um educador que pensa, planeja, executa, que reflete sobre suas ações, reconhecendo que de fato a sua construção pedagógica tem uma identidade, tem um jeito singular de ser, que é, afinal, o modo pelo qual concebe o mundo, as pessoas, as relações, a possibilidade de estar sendo e ocupando o seu lugar aqui, de uma ocupação que deixa marcas.”
Comentário:
Na verdade esse é o grande desafio do educador. Não queremos mais aquele educador que simplesmente sabe os assuntos e conteúdos e os reproduzem para seus alunos, mas sim um educador que reflete sobre a sua prática, que inova e que busca ser um sujeito autônomo.
“Corações e Mentes: Um estudo acerca das possibilidades de relações dos jovens e o teatro”
Aline Cristiane Grisa
“Vale ressaltar aqui também, o conhecimento das leis institucionais de nosso país, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), por exemplo, defini por adolescente (entenda-se como jovens também) os cidadãos entre 12 até 18 anos.”
Comentário:
Destaquei esse trecho, no intuito de problematizar outra questão. O fato do pouco conhecimento que temos em relação as nossas leis, principalmente aos nossos direitos. Ter um Estatuto da Criança e Adolescente é ao meu ver um ganho muito grande, mas de que vale tê-lo se o desconhecemos? É interessante e ao mesmo tempo lamentável perceber o quão desconhecido e distantes estão essas coisas de nós, e muitas vezes não é por falta de ignorância ou desconhecimento, é por falta de interesse.
“Para Féral (1988), a teatralidade surge na modificação das relações entre os sujeitos. Essa noção permite tanto para o sujeito que faz, como para aquele que olha, a passagem do aqui a outro lugar.”
Comentário:
Essa idéia é muito interessante, pois torna o sujeito que assiste, tratado como passivo, como um sujeito que também participa e faz parte daquela modificação.
“Ora, se é apenas um espaço vazio, preenchido unicamente por um agente e um espectador que, segundo Brook, constituem a condição suficiente para que surja um fenômeno novo através do qual pode-se dar asas ao imaginário, então poderia ser, o teatro, o espaço de manifestação mais propício para o jovem?”
Comentário:
Acredito que não somente para os jovens, mas propício para toda e qualquer faixa etária, pois nós seres humanos, somos seres miméticos, imaginativos, que querendo ou não, sentimos a necessidade de criar e de preencher nossos espaços vazios.
A Prática Extensionista na Formação de Professores de Teatro
Prof. Dr. Arão Paranaguá de Santana
“Em primeiro lugar insere-se a questão do protagonismo, atitude que, nos dias correntes, não tem sido uma tônica que personifica os sujeitos que atuam na lida acadêmica, sejam eles professores ou estudantes.”
Comentário:
Gosto dessa provocação, mas acredito que essa falta de protagonismos vai além da atuação na lida acadêmica, ela se expande para toda a sociedade. Isso vem do processo de comodismo, no qual nos conformamos em sermos meros coadjuvantes de nossas escolhas, desejos, pensamentos.
“Assim, a discussão elaborada por Fusari & Ferraz quanto a saber arte e saber ser professor de arte constituiu-se em objeto de investigação e de auto-conhecimento, pois os estudantes puderam aprimorar conceitos e práticas que estavam em processo de amadurecimento interior, tanto na perspectiva estética quanto pedagógica e técnica.”
Comentário:
“Saber arte e saber ser professor de arte” está num abismo muito grande. Não que uma coisa seja dissociada da outra, mas o processo dessas duas instancias são totalmente diferentes, pois a arte parte de um viés e o ser professor vem de outro e quando a coisa se fundi e se transforma em ser professor de arte, então as questões incomuns aparecem e se tornam indissociáveis.
PARA UMA TEORIZAÇÃO DO TEATRO EMANCIPADOR
Lucilia Maria de Oliveira Rodrigues Valente
“Surge assim a necessidade dos professores possuírem, além de "conhecimentos" na área do teatro, uma formação em relações humanas, centrada na animação e dinamização de grupos na comunidade.”
Comentário:
Importante ressaltar essa necessidade do professor ir além do conhecimento não só do teatro, mas da sua área de conhecimento especifica, pois quando tratamos de educação, estamos tratando de seres humanos, pessoas, de relações.
“No teatro emancipador, o professor-motor é sobretudo um reinventor teatral que, a
partir de processos de investigação acção participante, é capaz de descobrir, em acção, outros caminhos, outras direcções, de acordo com a população específica com quem trabalha.”
Comentário:
É muito interessante o processo desse professor-motor, pois ele traz a idéia daquele educador que pensa, planeja, executa, que reflete sobre suas ações, reconhecendo que de fato a sua construção pedagógica tem uma identidade, tem um jeito singular de ser.
“Estar na educação e na comunidade de uma forma pró-activa e interventiva, caracterizada por uma atitude inclusiva e transformadora, implica um trabalho pessoal e interpessoal permanente.”
Comentário:
Está inserido dessa forma de fato implica nesse mergulhamento por parte do educador, pois intervir e buscar transformar aquele espaço que se está trabalhando, não pode e não deve ser feito de qualquer maneira. É necessário que se conheça seus agentes, suas características e peculiaridades, para que o auto-conhecimento, a auto-aprendizagem e a auto-consciencialização possam ser trabalhadas de fato.
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